MOTOR NOVO

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Descobrindo Cuiabá

Olá meinhas...rs
Estou melhorzinha hoje, mesmo tendo sido confirmada a chegada dos meus dias vermelhos... Fora a cólica, estou mais animada e decidida a continuar com o meu controle.

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Como vocês já sabem, estou em Cuiabá há pouco mais de um mês (sou de São Paulo), e estou começando a descobrir as belezas dessa cidade. Cuiabá é conhecida como cidade verde, sendo uma das mais arborizadas do país! Isso é um prato cheio - com o perdão do trocadilho de mau gosto...rs - para mim, que estou retomando o meu regime. Já passeei por alguns parques daqui, muito bonitos por sinal. Muita gente caminhando, pássaros de diversas espécies, capivaras, esquilos, etc... Mas, não sabia que a dois quarteirões daqui de casa tem um parque enorme!! Eu sempre passei de carro por ali e vi algumas pessoas caminhando, mas achei que fosse so uma praça! Eu e meu marido começamos a caminhada na UFMT, que tem até um mini zoológico. Como é bem mais distante (temos que ir de carro), decidimos conhecer o parque daqui de perto. Meu, é enorme! Pra vocês terem uma idéia levamos uma hora para dar a volta nele todo! Ele não é cheio de atrações, tem apenas uma pista de asfalto - em ótimo estado por sinal - com duas pontes no trajeto e um campinho forreca de futebol. Também tem alguns trechos de subida, o que ajuda bastante no resultado, mas, o verdadeiro presente é o silêncio. Só é quebrado pelos pássaros cantando, é uma delícia caminhar lá. Eu vou bem cedo, então não tem muita gente e o sol está bem fraquinho. É um parque muuuuito arborizado e caminhamos praticamente todo o percurso na sombra e no fresquinho. Vejam só que fofo: na sexta-feira passada dois filhotinhos de capivara veio me acompanhando por um trecho, uma fofura só!
Só sei que estou gostando muito daqui e recomendo para virem conhecer essa cidade.
Abraços a todos, e uma semana maravilhosa para todas nós!!

Trilha do post: Djavan - Flor de Liz (música fofa de parques fofos...rs)

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Decepção...

Hoje, pela primeira vez desde que comecei o meu processo de emagrecimento - há sete meses atrás - tive vontade de chorar diante da balança. Mais do que isso, tive vontade de dizer pra balança: " Sua cretina, desgraçada, mentirosa, filha da p., corna, horrorosa... etc". Mas não xinguei, em primeiro lugar, porque estava dentro da farmácia, e , em segundo lugar porque a culpa não é da balança, é minha!! Mas o que me deixou p. da vida foi não saber onde foi que eu errei nessa semana. Meu, eu caminhei pesado todos os dias - até corri - coisa que eu não fazia há muito tempo. Controlei a pontuação direitinho!! A única explicação para essa catástofre só pode ter sido no final de semana, mas ainda assim não acredito!!! Bom, como se não bastasse, o maridão emagreceu mais de um quilo sem fazer absolutamente nada!! Resultado: eu fiquei com um bico enorme, e a ponto de cometer uma loucura (comer chocolate, por exemplo), mas me recuperei a tempo. Ao invés disso, eu e maridão fomos ao super e lotamos um carrinho só de legumes, verduras e outros itens para ajudar no emagrecimento da próxima semana. E comi melão...rs
Ainda estou muito chateada, muito mesmo, mas não vou me deixar abater! O maridão também tá sendo super compreenssivo com meus "pitís", e prometeu não me tentar mais... Vou reformular meu programa, organizar ainda mais minha contagem de pontos e olhar seriamente para esse regime. Essa semana é "A" semana da virada! Conto com a força de vocês!
Outra coisa: também tenho que considerar que meus "dias vermelhos" estão chegando, e isso normalmente atrapalha meu emagrecimento. Não que justifique, mas "ajudou a atrapalhar".
Bom, faltou o retrato vergonhoso da semana:

1 Kg a mais no meu corpicho! - como se tudo o que eu tenho já não fosse o bastante!

Espero estar melhor amanhã, pelo menos mais animadinha... Um forte abraço a todos.

* Hoje não tem trilha, tô com "ÓDEO".

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Aniversário de Casamento

No último dia 22 eu e o maridão comemoramos o nosso segundo ano de casados em um hotel maravilhoso que fica a menos de 100 km daqui de Cuiabá, o Águas Quentes. O lugar é muito bom, possui piscinas naturais que vão de 18° a 42°. Além disso possui trilhas – sempre acompanhadas por guias – que levam a cachoeiras, etc.


Chegamos lá no sábado por volta das 17 h, demos umas voltinhas, tiramos fotinhas e caímos nas piscinas... Ficamos até as 22 h só revezando de piscina quente, pra fria, pra quente. Meu, dá um barato doido! Pareciam milhões de agulhinhas espetando nosso corpo!


*Eu numa das piscinas... gelaaaaada!

Além das piscinas, também comi pra burro – não dá pra resistir, no sábado foi noite árabe – e curtimos música ao vivo... Durante o dia tem hidroginástica (claro que não participei - detesto gente berrando) e um almoço tipicamente Matogrossense (Mojica de Pintado – finalmente um prato daqui que gostei). Por isso que estou ralando nessa semana pra pelo menos tentar um saldinho positivo na pesagem do sábado.

Enfim, só sei que esse final de semana foi muuuuuito relaxante, e foi maravilhoso estar com meu amor. Agora sou eu e ele: Amor, só queria dizer que ficar 7 meses longe de você foi horrível, mas me mostrou que te amo mais do que imaginava. Não quero ficar longe de você nunca mais! Sei que nossa vida vai mudar radicalmente – já está mudando – mas para muito melhor. Conte comigo para o que precisar.


Te amo muito!!!!!!

Trilha do post: Hoje - Jota Quest (música do casal, sacomé!)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Eu tenho uma cachorra doida - parte 3 (final)

PORQUE TE AMO, PITOCA?




Quem leu as duas primeiras partes da saga da Fox Paulistinha mais pirada do pedaço é bem capaz de não entender porque ainda estamos com ela. Fácil explicar: ela nos ama! Se eu saio de casa por cinco minutos, ao retornar sou recebida com festa. E ela faz isso gratuitamente, sem querer nada em troca, sem ligar se eu estou acima do peso, se a roupa que eu uso não me cai bem, se eu tenho dinheiro, se estou de bom humor, etc... Isso eleva a auto estima de qualquer pessoa, até mesmo de um suicida! Às vezes, quando estou sentada no sofá, totalmente distraída, ela vem e apóia o focinho delicadamente no meu colo e olha pra mim com aqueles olhos enormes quase que dizendo: “ Te amo, tá?”. Aliás, quase sempre temos a sensação de que a qualquer momento ela vai falar alguma coisa. Se eu e o marido estamos conversando animadamente e ela está querendo dormir, ela solta um grunhido impossível de ser reproduzido aqui, que eu tenho certeza que significa: “Calem a boca! Quero dormir!”. Outra coisa, dormir é a sua especialidade. É o que ela está fazendo nesse exato momento.

Outra coisa que nos deixa boquiabertos é a facilidade que ela aprende os truques que ensinamos; é só dar um biscoitinho que ela faz de tudo: senta, dá as patinhas, deita, cruza as patinhas, morre, rola, fica em pé, dá voltinha e o mais bonitinho na minha opinião: o famoso “toca aí!”. E aprende tudo com apenas alguns minutinhos de treino, é impressionante. Tô pensando em ensiná-la a lavar a louça...

Apesar de ser magrela de dar dó, a bichinha é valente, muito esperta. É ótima para nos alertar de movimentações estranhas. Ontem mesmo o pelo das costas dela ficou todo arrepiado por conta de um saco plástico que voava no quintal. Ok, ela também não poderia ter discernimento pra diferenciar um saco plástico de um ladrão. Isso é por nossa conta.

Enfim, não conseguimos imaginar como seria nossa vida sem ela. E é por saber que ela não é eterna - mais ou menos, a média de vida do Fox Paulistinha é de 20 anos – que já arrumei um namorado pra ela , chamado Timão, que vai cuidar da encomenda dos seus sucessores.

Concluindo, se alguém me perguntar se eu recomendaria um Fox Paulistinha, eu com certeza o faria, mas com muitas restrições. O Fox é um cachorro desconfiado, em geral não gosta muito de crianças. Mas em compensação o cuidado é simples, raramente adoece, e o cocô é tão pequenininho... (isso é ótimo). Por serem pequenininhos e não soltarem pelo, é perfeito pra ficar dentro de casa. A minha pelo menos não destrói as coisas e não faz xixi dentro de casa de jeito nenhum.

É o tipo de cachorro pra quem gosta mesmo, que não se incomoda em dar atenção e receber muuuuuuuuuuuito amor em troca.

Um forte abraço a todos!

* Trilha : Raul Seixas : Plunct Plact Zum (A cara da Pitty)
** Esse eu mesma admito que ficou tosco...hehehe

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Venci a batalha!!!

Vocês que acompanharam a minha guerra com o brigadeiro na geladeira merecem o meu retorno – ou feedback para os frescos : EU VENCI!!


Mas, em compensação, o maridão chegou do trabalho com um pão de mel delicioso! Resultado: Mandei pra dentro. Sem culpa nenhuma... Logo ontem que estava me segurando o dia todo porque sabia que no jantar eu ia comer a minha comida predileta:
CARNE MOÍDA COM BATATA!!!

Sim, eu sou pobre de gosto, e não tenho vergonha nenhuma disso! Mas vocês tem que admitir que comida boa é a comida simples! E eu não consigo comer menos dos que dois pratos de carne com batata. Minha paixão já vem através dos tempos, desde que minha mama fazia para mim. E ela sempre soube como me agradar (por isso engordei tanto). Quando me casei, precisei aprender a fazer do jeitinho dela, já que meu marido ficou fã do prato também, além é claro, do meu inesquecível: PURÊ DE BATATAS!! Outro prato de pobre, mas delicioso.Aí, agora que estou em Cuiabá, fica muuuuito mais difícil comer o da minha mama, então eu faço igualzinho e me lembro dela...rs Mas não posso fazer muitas vezes, como perceberam, é o meu calcanhar de Aquiles.

A notícia boa é que me segurei tanto durante o dia que ainda me sobrou ½ ponto...rs

E hoje já comecei direitinha de novo. Acordei às 5:45 só pra ir fazer caminhada com o maridão. E além disso não tem mais brigadeiro na geladeira pra me tentar.

Tô até pensando em fazer umas localizadas com a professora mais chata do mundo: Solange Frazão! Não consigo gostar dela, mas achei na net umas séries de exercícios localizados para serem feitos em casa que são bem fáceis. Então, o que eu faço: tiro o som do vídeo dela e boto o repertório que eu quiser! Aí não preciso ouvir a voz de pata que ela tem!

Seguem os links (acharam que eu não ia compartilhar, não é?)

Braços (meu fraco): http://videolog.uol.com.br/video.php?id=372047

Glúteos (a famosa Buzanfa): http://videolog.uol.com.br/video.php?id=369141

Abdomen (vulga Pança): http://videolog.uol.com.br/video.php?id=365751

Pernas: http://videolog.uol.com.br/video.php?id=367343

Então: AUMENTEM O SOM!! DO RÁDIO!!

Atualizando: Comi Torcida sabor peperone e tomei - pausa dramática - 1 lata de cerveja!!! E não fiz o exercício da Solange Chata. O filme da Sessão da Tarde está bom... é um milagre, o que posso fazer?
Resultado final: Hoje dificilmente eu me seguro na pontuação.

Eu ouço agora: Vanguart - Semáforo
*Minha irmã achou tosco meu desenho. Ótimo!


 
 
 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

SE ARREPENDIMENTO MATASSE...


Ontem comecei o dia bem bonitinha, comendo tudo certinho, marcando os pontos... mas sempre vem o escorregão... até que chegou o jantar e eu sentei na jaca! Tem um barzinho aqui perto que faz um churrasquinho MARAVILHOSO, e como havíamos chegado do supermercado (não tinha um grão de açúcar em casa) meio tarde, optamos por pegar o churras de lá. Como se não bastasse o exagero na carne, a boneca aqui sugere: " Já que estraguei meu controle de hoje, vamos ferrar com tudo e comer brigadeiro?"
Óbvio que o maridão topou! E mergulhamos no chocolate. Era tanto chocolate que nem dava pé. Me sentia Alice no pais das maravilhas... E comi quente ainda, pra dormir com dor de barriga - alguma punição eu tinha que ter.
O que acontece com a gente? Porque o chocolate nos deixa cegas? Eu, quando vejo chocolate, quando sinto o cheiro, viro um bicho! Quase que saio derrubando tudo pela frente! E tenho que comer TUDO, não existe o "guardar para amanhã" que o maridão sempre me fala. E ele, sádico, guarda o dele, e ai de mim se comer a parte dele... Apanho! Tanto é que tem um copo com brigadeiro na geladeira que ele quase mediu pra ter certeza que não vou chegar perto, só faltou ter cerca elétrica! E toda vez que abro a porta da geladeira ele fala comigo - o chocolate - com aquela voz grave e suave:
- Ooooi, gatona! Não quer me comerrr? Tô tão geladinho... Se você me morder vai se derreter toda... Você emagreceu mais de um quilo essa semana, não vai fazer diferença!
Mas hoje eu tô com a gota! Ninguém me vence! Olho pro copinho, fecho a cara e pego o garrafão de 6 litros de água e viro na goela!! O sentimento de culpa foi tão grande que acordei cedinho - junto com o maridão - levei ele pro trabalho, voltei pra casa, tomei um café lightezinho, e fui pro parque caminhar... uma hora de caminhada com direito a corridinha! Uma mixaria de corrida, mas já é um começo. Cheguei em casa com meio metro de língua pra fora, tomei um banhozão gelado, e ainda saí pra entregar uns currículos. Deu até pra me perder em Cuiabá hoje...
Vamos ver até a noite se consigo manter essa força toda e se resisto a voz tentadora do brigadeiro da geladeira.

Beijos! Até a próxima!

* Post digitado ao som de The Ting Tings - "Shut up and let me go".

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Eu tenho uma cachorra doida - parte 2

AS TENTATIVAS DE FUGA

* Pitty pensando em mais uma maneira de escapulir


Assim que chegou em casa , Pitty foi ganhando espaço rapidamente com seu carinho, suas manias hilárias e, é claro, seu olharzinho de "Gato de Botas".

Ela consegue tudo com esse olhar, e , por muitas vezes me vi sendo controlada por ela. Por exemplo: Lugar de cachorro é no quintal. Errado! Ela dorme conosco, na cama. E domina o espaço. É óbvio que ela é mais limpa do que muita gente por aí, se levanta quando quer fazer cocô ou xixi - temos que abrir a porta para ela ir se satisfazer no quintal - e fica bem quietinha. Conseguiu tudo isso com o efeito "tremedeira", que ocorria todas as vezes que fechávamos a porta para ela dormir no quintal. Parecia que ela estava sendo jogada na rua em plena nevasca, o que cortava o coração da gente.

Mas, enquanto o problema era só esse, não podia nem ser chamado de problema. Ela ficava atrás da gente feito sombra, e , se não fechássemos a porta do banheiro, ela ia ficar sentada em frente ao vaso assistindo ao "grande espetáculo". A parte boa é que ela adora dormir, agora mesmo está jogada no chão em frente ao ventilador, e costuma nos dar sossego nessas horas.

Só que, as surpresas estavam só começando: na época em que ela veio pra casa, nós morávamos em São José dos Campos/SP, e eu e o meu marido trabalhávamos, sendo que eu entrava às 7h e ele às 8h. Então, tínhamos um ritual: eu acordava antes, soltava a Pitty para ela "descarregar" e deixava a porta aberta, já que morávamos na casa dos fundos da minha mãe, e não tinha problema algum nisso. Meu marido saía, e aí ele deixava ela solta no quintal, e trancava a porta.

Esse esquema parecia perfeito, até a Pitty descobrir suas saídas: Havia um muro que dividia o quintal da casa dos meus pais e o meu quintal, que tinha certa de 1,70m, que deduzimos que seria seguro pra ela. Pois bem, ficamos na dedução. Certo dia, ao chegar em casa, nos deparamos com a Pitty no quintal dos meus pais disputando um espaço - já não muito grande - com um Labrador de 50 Kg, o Max. A sorte é que nossa casa ficava fechada por um portão de uns 2,0 m que meu pai tinha feito, e do outro lado a porta da cozinha impedia que ela saísse - se estivesse fechada, é claro. Sorte não por muito tempo. Não bastasse ela pular o muro, ela ainda caminhava sobre ele, assim, feito um gatinho... E, o que fazia? Caminhava pelo muro até chegar no portão e dali só tinha 30 cm pra pular. Muito esperta, não? Aí, meu pai, serralheiro de mãos cheias, fez uma adaptação no portão do nosso lado, diminuindo os espaços da grade, impedindo que a magrelinha passasse. Eficaz? Não. Ela conseguiu o que parecia impossível: na ânsia de nos seguir quando saíamos pra trabalhar, ela pulava o muro da garagem, que dividia as casas, de aproximadamente 1,90m, sem o menor esforço, aí, escapava pelo portão dos meus pais, que não era "adaptado" para ela. Foram tantas tentativas frustradas de impedir a Pitty de fugir que não sabíamos mais o que fazer. A casa já estava parecendo uma fortaleza, cheia de grades e telas (nem um ladrão saberia como entrar lá), já lembrava Alcatraz! Mas ela era impossível!! Eu, que sempre fui contrária à idéia de ter um animalzinho preso, tive que me render, em nome da segurança dela mesmo! Aí começou a era das coleiras... Ela comeu umas três daquelas peitorais, que evitavam os machucados no pescoço. Assim, tivemos que apelar para as tradicionais, que ela ainda não conseguiu comer nenhuma.

Até que, no meio do ano passado, decidimos virar nossas vidas de cabeça pra baixo, incluindo nossa filha canina. Meu marido veio pra Cuiabá pra trabalhar e eu fiquei em SP até ele se organizar por aqui. Pitty ficou comigo, e tinha que ficar presa na cordinha, fazer o que. Meu pai até fez uma engenhoca que permitia que ela se locomovesse estando presa, a qual chamamos de cachorrólibus. Foi o que a manteve segura e nos manteve tranquilos até a mudança.
Mas aí, quando vim passar as férias aqui, decidi já trazer a Pitty, já que viria em definitivo com meu carro, e diante do que vocês já viram, viajar 1800 km com ela, de carro, não seria nada fácil! Compramos a minha passagem - e a dela - e começaram os preparativos: caixa, vacinação, spray contra o mosquito da Leishmaniose, ou seja, já pagamos por ela umas duzentas vezes, em menos de dois anos com essa porqueirinha (não que ela não valha cada centavo). Enfim, despachei a Pitty junto ao compartimento de bagagem, já que ela é levinha ... Ela foi em um compartimento especial abaixo da cabine do piloto. Tomou um remedinho pra ficar meio grogue, o que funciona incrivelmente rápido, e foi-se. Antes de decolar, de dentro da aeronave eu só conseguia ficar olhando pela janela esperando o momento em que ela apareceria correndo pela pista seguida por vários tiozinhos da Infraero... Me deu dor de barriga a viagem inteira, imaginei ela saltando da aeronave em pleno voo, sendo desviada para outro estado, ou pior, país! Nada é impossível para a Pitty. De qualquer forma, ela chegou, e ficou aqui com o maridão por um mês, enquanto eu me desligava da empresa que trabalhava em SP. Foi horrível ficar sem ela, e ela até ficou doente, não queria comer, perdeu muito pelo e peso também. O maridão deu vitaminas, água de côco, de tudo pra ela sarar, mas só se recuperou mesmo quando viu a mamãe dela de volta...rs

Aqui ela já descobriu milhares de maneiras de escapar: pelo muro dos fundos de mais de 2m, pelo vão da porta da sala, pela janela do andar de cima (sem se quebrar toda, acreditem), pela casa do vizinho... e é por isso que ela tem que ficar presa quando saímos, ou então levamos ela junto... Até pra Chapada dos Guimarães essa cachorra já foi, pode?

Mas eu vou voltar pra falar dos pontos fortes dela, pq senão não haveriam motivos para aguentarmos tanta bagunça, não é?

Beijos a todos! Até a próxima!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Eu tenho uma cachorra doida - parte 1

O GRANDE ENCONTRO



*Uma das primeiras fotinhas no meu novo lar no colo do papai

Eu sempre fui uma pessoa dependente de bichinhos de estimação: já tive cachorro, gato, passarinho, tartaruga, peixe... Talvez seja porque sempre tive o meu instinto materno aflorado. Não que eu cuidasse dos meus bichinhos como deveria quando criança, simplesmente porque era criança e criança não quer saber de responsabilidades. Mas, conforme fui crescendo e amadurecendo, tomei ciência de que é uma vidinha que depende de mim. Um bichinho que, se eu esquecer, vai morrer com certeza! Amo bichos, até queria ser veterinária - mas o destino me levou para outros rumos, apesar de ainda lidar com algumas espécies interessantes: anta, jumento, bicho-preguiça, macaco, cachorro, etc... NÃO PERDE O FOCO, HELOISA!
Voltando... Tudo começou com uma tartaruguinha. Assim que me casei, ganhei uma de presente de minha vizinha. Já tinha um peixe, o Silveirinha, que até que estava durando, tendo em vista que era um peixe. A tartaruguinha foi batizada Donatella, e era uma coisinha minúscula, filhotinha super frágil. Eu e o maridão levamos ao veterinário, tivemos uma aula sobre tartarugas, o que podíamos ou não podíamos fazer... Foi um trabalho árduo cuidar dela, visto que era muito novinha e não queria saber de comer. Apesar do nosso esforço, a bichinha não resistiu muito tempo. Para nossa surpresa, apesar do pouco tempo de convívio, a morte dela nos deixou abaladíssimos... Fiquei algumas noites sem dormir, chorei horrores , me sentindo culpada, etc.
Foi então que falei para meu marido:

-Mô, precisamos de um bichinho, senão vamos enlouquecer - e já emendando - mas esse tem que durar!

Ele, todo compreenssivo, concordou.
Aí começaram as buscas: adoção, compra... passamos dias na internet pesquisando... A adoção era um ato de amor, mas como quase todos não tem raça definida, a gente não sabia o tamanho que o bichinho ia ficar. Nossa casa era pequena, e correríamos o risco de arrumar um enorme problema. Foi então que decidimos comprar, mas qual a raça? Eu sou louca por Beagles, já que adoro o Snoopy, mas o maridão veio logo de cara:

- Não, tá doida? Beagles são muito arteiros! Bom mesmo é o Fox Paulistinha, já tive um que era um amor.

Pois bem, guardem bem essa frase para o caso de precisarem "culpar" alguém...rs
Começamos pela net, e ficamos de cara com o preço dos bichinhos: R$ 800,00 , R$ 900,00 e até R$ 1.000,00!! -1ª interrupção - cachorra clamando por atenção e curiosa pra saber porque seu pai gritou "Gol" - então começamos a buscar em pet shops por anúncios. Estava difícil, e os filhotinhos estavam muito caros!
Num certo dia, já desanimados, chegamos em um pet e fui direto ao quadro de anúncios. Até que vi - bem no cantinho - um papel amarelo: "Vendo fêmea de Fox Paulistinha com pedigree, 1 ano, R$ 400,00". Na hora anotei o telefone, é ela, tá na promoção!! Liguei para o cidadão e na mesma hora fomos até a casa dele pra conhecer a garotinha.
Chegando no lugar, vi mais de sete cachorros correndo no meio da terra, mas nenhum que lembrasse um Fox Paulistinha. O proprietário disse que ela ficava separada dos outros, porque sua alimentação era especial, já que ela era a única "de raça" - alguns minutos depois dela se tornar minha é que descobri que ela ficava isolada simplesmente porque era má influência. Era uma casa grande, tipo uma chácara, com galinhas, e outros bichos de chácara. Delicadamente ele me disse que estava se "desfazendo" da cachorrinha - que descobri se chamar Pitty - porque ela andava armando com outros cachorros pra brincar de cabo de guerra com suas galinhas, causando perdas significáveis ao seu "rebanho" (?). Assim, ele mandou sua filha soltá-la. E foi aí que nos apaixonamos: Uma coisa magrela de patas compridas e olhos arregalados disparou de dentro da casa como se estivesse desabando e voou - literalmente - na nossa direção. Não digo que ela é bonita, porque não é. Ela é adorável - 2ª interrupção: Pitty arranhando a porta do quarto, a fim de bagunça - . O cara, sacando que eu estava me apaixonando, disse:

- Pega ela no colo, veja como é ciumenta.
Assim o fiz, e ele ameaçou segurar no meu braço. A bichinha arreganhou os dentes - para o próprio dono - na intenção de me proteger!!
Eu e o marido só olhamos um para o outro e : "É nossa!" Ainda voltamos pra casa, e pegamos os cheques - sim, ele dividiu! - e arrumamos uma coleira, já que nem isso ela tinha.
Ao buscá-la, minha mãe e meu pai foram juntos. Minha mãe não escondeu sua decepção, achando que ela era uma bolinha de pelos, toda fofinha... quando viu aquela magrela saltitante só conseguiu achar graça...rs
E ela seguiu toda comportada no seu primeiro passeio de carro com sua nova família. Pronta pra nos mostrar do que era capaz.

Mas a história só está começando... Aguardem a próxima parte!

Beijos a todos!