MOTOR NOVO

terça-feira, 13 de outubro de 2009



Romaria??
Quando eu digo que só me meto em roubada, ninguém acredita...
Tenho um amigo maluco que certa vez decidiu fazer uma Romaria até Aparecida do Norte para agradecer a chegada do seu primeiro filho.
Para não ter que ir sozinho, contou com alguns amigos – desavisados – na promessa, incluindo a obesa que vos escreve.
Foi praticamente um mês de preparativos e gozações. Até falar que ele seria acompanhado por uma sedentária – minha irmã- e por um idoso – meu pai - ele falou...
E assim foi: alguns com seus brios feridos, alguns meio desconfiados – eu – e um que entrou na onda em cima da hora.
Trupe formada: meu pai, minha irmã, meu cunhado, um amigo de trabalho do meu pai, o dono da promessa e eu. Saímos da porta da minha casa.
Sem contar que esse amigo do meu pai era de Jacareí e já veio andando de lá mesmo, tomando cerveja e mais alguns destilados que prefiro nem saber quais eram... Além disso, tomou uma chuva no caminho e chegou ao ponto de partida bêbado e encharcado até o último fio de cabelo.
Engraçado era ver o arsenal: colchão, lanchinhos, roupas de frio, papetes e, acreditem: uma mala só de bananas. Essa idéia brilhante foi da minha mãe, alegando ser infalível contra câimbras. Só que se esqueceu de dar uma receita infalível para o torcicolo que aquela mala ia causar.
Todos carregados, alguns se livrando de alguns itens devido ao peso, nos organizamos e saímos rumo à Basílica. O dono da promessa, apesar de pesar uns 150 quilos, parecia um guia experiente na frente de todos, com seus passos firmes e nada a fim de papo. As duas únicas mulheres (eu e a mana) falavam e riam pelos cotovelos. O da banana já saiu com uma latinha de cerveja na mão, também falando e rindo alto.
Da minha casa até a Dutra é um percurso de mais ou menos 1h de caminhada maneira, na boa. Fizemos tranquilamente. Na Dutra, passamos vitoriosos pela Telhanorte, acenando para ônibus e caminhões que nos davam apoio moral para nossa jornada. Seguindo em frente, “tchauzinhos” e gritinhos eufóricos ao passar pelo Carrefour. Nesse momento, após 2h30 de caminhada, o dono da promessa faz uma cara de bebê que cagou na calça – sem fralda: “Pisei em uma grotinha – que merda é essa? – e torci meu pé!”. Era o prelúdio do sofrimento dos próximos 40 Km.
Fomos obrigados a fazer uma parada – não programada – no CTA, onde ele ficou sentado além do tempo que havíamos programado. Reclamou, resmungou e começou o drama. Levantou e foi se arrastando, diminuindo o ritmo que havíamos previsto.
Aos trancos e barrancos, passamos pelo Center Vale, pelo batalhão da PM, um grupinho de maconheiros perto do Makro, pela Veibras, ouvindo as reclamações do “homem da grotinha” sem deixar o bom humor ir embora.
E foi aí que fizemos a parada - que estava realmente prevista - para um breve lanche: General Motors do Brasil (o ponto de ebulição dos nossos nervos). O tempo máximo seria de 15 minutos, e então o “homem da grotinha” decidiu ir até a sua casa para passar algum remédio no pé –ele mora no bairro em frente a GM – para agüentar a caminhada. Demorou mais de meia hora. Pior que isso, voltou de Havaianas, com a maior cara de tacho que Deus lhe deu. Já sabendo do que estava por vir, todo o grupo ficou furioso e o xingou de coisas impossíveis de se reproduzir a essa hora... Sabíamos que ele estava amarelando... Enfim, ele saiu sob um coro de vaias e xingamentos, e nós, que já estávamos ferrados mesmo, decidimos continuar. A essa altura, o propósito de “Romaria” havia sido substituído por uma “Guerra das Vaidades”.
Irritados, com o corpo frio e as dores musculares querendo aparecer, seguimos nossa caminhada com o desfalque menos provável: o dono da promessa. Melhor assim, somente os bravos iriam seguir...rs
Num frio congelante, os dedos doloridos, com o tempo a raiva foi passando e as bananas sendo consumidas.
Fizemos mais uma parada em frente a Ericsson para massagear os pés, trocar os tênis por papetes, comer alguma coisa... Bastante cansados, nos esticamos um pouco, e o amigo do meu pai – aquele que bebeu e tomou chuva – decidiu tirar os sapatos. E assim, deitados num canteiro, sob o olhar desconfiado de alguns motoristas que por ali passavam , que tivemos um ataque de riso. Os pés dele “fumegavam” – essa é a palavra – parecia que estavam pegando fogo. Ele colocou os pés contra a luz e a fumaça saía de suas meias. Todos choravam de rir.
Com os ânimos recuperados, retomamos nossa caminhada. E foi aí que meu cunhado teve a brilhante idéia: tocar gaita. Se fosse o Bob Dylan, eu até acharia uma boa idéia, mas era o meu cunhado, que não toca nem campainha.
Tentem visualizar a cena: 5 caboclos se arrastando em meio a madrugada, – com direito a neblina – os faróis dos carros nos cegando, e uma gaita desafinada ao fundo (na verdade tão desafinada que não devo dizer ao fundo, mas ao centro, aos lados...): “FÓÓÓÓÓÓIN, FUNHÉÉÉÉÉÉ, FIIINNNNN, FRUMMMMM”.
No começo a gente até ria da situação, mas depois de alguns minutos já estávamos mandando ele ir para a PQP.
O amigo do meu pai perguntava a cada 5 min. “Em que cidade estamos?” – e meu pai – “Em São José dos Campos” - e ele: “ Caramba, mas essa cidade não acaba nunca!!!”.
E foi só ela acabar que o martírio começou.
Chegando em Caçapava, decidimos fazer uma parada no posto do Tigrão, para comermos um lanche – é, mais um, somos gordos!! Rodeados por periguetes fazendo ponto com os caminhoneiros , que nos olhavam desconfiados, devoramos nosso lanche rapidamente e levantamos acampamento.
Bom, não foi tão rapidamente, já que, naquele momento eu simplesmente travei. Permitam-me explicar o “travamento”: Minhas pernas travaram, não dobravam. Sabe aqueles desenhos animados em que o personagem é enterrado no cimento e as pernas vão se arrastando? É isso aí.
Primeiro todos achavam que eu estava dramatizando, e trataram de debochar de mim. Depois de sacarem meu martírio, algumas almas caridosas me ajudaram a levantar.
Fui pendurada na minha irmã e resmungando: “eu quero ir embora, não agüento mais!”. E ela só ria...
E meu pai: “Mas é madrugada, estamos no meio da Rodovia, não temos como voltar. Vamos ter que caminhar até a rodoviária e esperar o primeiro ônibus para SJC”. Acontece que a rodoviária estava a uns 10 km de lá ,e eu não conseguia andar nem mais um metro.
Agora, imaginem uma pessoa gritando na Dutra em plena madrugada (gelada)! A única que me agüentou foi a minha irmã. Até meu pai se afastou, já que não agüentava mais a minha choradeira. Aliás, eu já não chorava mais, eu gritava. E teve uma hora em que não gritava mais, eu urrava... O mau humor tomou conta de mim, afinal, eu já não sabia mais se minhas forças iam ser suficientes para esses últimos quilômetros. E foi aí, quando cheguei em frente a Nestlè que tive um piti – toda vez que passo ali tenho arrepios –“Paaaaaai!!! Volta aqui!!! Estamos ficando para trás, vamos ser raptadas aqui!!! – não sei que infeliz estaria na rua aquela hora para fazer isso, mas na hora eu realmente estava desesperada. Eu precisava de uma cadeira de rodas naquele exato momento!
Ele voltou e meu deu o apoio. Os últimos metros foram os mais horríveis da minha vida. Nunca senti tanta dor , sem exagero. Não tinha força nem pra falar mais...
Até que , não sei como, chegamos na Rodoviária. Parecia que eu estava chegando na Basílica, quase me ajoelhei...rs Na mesma hora nos jogamos nos bancos, e dormimos ali até a Rodoviária abrir . Alguns policiais passaram por ali algumas vezes olhando desconfiados, mas nem se deram o trabalho de parar e perguntar que diabos estávamos fazendo ali.
Quando a rodoviária abriu, compramos a primeira passagem de volta para SJC – a terra prometida – e o amigo do meu pai decidiu seguir para Aparecida, em nome da equipe desfeita. Só que foi de ônibus, é claro...
A partir daí, me lembro apenas do meu sofrimento final para subir no ônibus, já que minhas pernas não dobravam. Nem sei como, mas meu pai deu um jeito. Daí para frente, eu apaguei. Não lembro nem da viagem até SJCampos, muito menos do taxi até minha casa.
No dia seguinte, eu estava moída. Como se tivessem socado com um batedor de bife milhões de vezes em cada milímetro do meu corpo. Passei dois dias no sofá, com as pernas para cima. Sei que caíram 5 unhas dos meus dedos dos pés, bolhas enormes surgiram...
Brindamos nosso fracasso com caipirinha e feijoada.
No final, os únicos que acredito que chegariam ao destino seriam a minha irmã e meu pai (sedentária e idoso, segundo o “grotinha”).
De qualquer forma, prefiro dizer que minha romaria na verdade era até Caçapava, em nome da santa padroeira da cidade, mil vezes mais milagrosa. Só não me perguntem quem é.
Depois disso, não me arrisco mais, não permito que me incluam em nenhuma promessa (viu cabeçona?), porque não confio MESMO no meu taco. Tenho certeza que dá para ouvir minhas preces daqui, não é santinha?
Uma excelente semana – mais curtinha - para todos!!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Para rir

Gente! Assistam isso, é muito engraçado, chorei de rir!!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009


Sofrimento ponto a ponto

Sim, eu admito: sou uma preguiçosa. Tudo o que me proponho a fazer eu penso mil vezes antes de começar. Aí, me canso e desisto. Tudo por causa da santa preguiça.
Masssssssssss, quando eu cismo de fazer alguma coisa e aquilo encasqueta na minha cabeça dura... sai debaixo! – eu não sossego enquanto não consigo.
Para entenderem melhor, eu nunca tive problemas de auto-estima – apesar de todos os defeitos que possuo...rs – e por isso sempre achei que estivesse ótima – o que claramente não era a verdade...rs. É claro que tenho minhas neuras, mas nada além do normal – para uma mulher.
Mas, num certo dia, nem me lembro porque, decidi emagrecer: não só por uma questão estética, mas por que tenho histórico na família de Diabetes, Hipertensão, problemas vasculares, etc. Melhor não dar sopa para o azar, né?
Como já tentei apelar para os recursos químicos , orgânicos, homeopáticos e até milagrosos, e vi que não adiantaram merda nenhuma, decidi que ia fazer na raça mesmo, seja o que Deus quiser. Mesmo porque, não adianta nada tomar remédio, emagrecer e, quando parar, voltar tudo. É até mais frustrante do que não emagrecer nada.
Então, comecei a fazer o regime que nomeei: “Vigilantes do Peso Genérico”, já que minha situação financeira não permite freqüentar as reuniões. Também, se eu soltar um peido é capaz de ter que pagar uma taxa. Minha irmã me arrumou uma tabela de pontos e explicou o funcionamento do programa. Tudo muito fácil, nada de passar fome, uma beleza.
O que toma um tempo precioso é o tal do “jornal pessoal, onde devemos anotar tudo – sem disfarces – que comemos e contabilizar os pontos correspondentes.

Tive pequenos, médios e desastrosos deslizes, mas também tive os meus dias de glória. O importante é que, entre altos e baixos, o saldo tem sido excelente: em um mês de programa eu consegui emagrecer 6,5 Kg!! Uma vitória para mim, que não sei fazer nada direito por mais de uma semana. Iupiii!!
Admito que tem sido mais fácil porque todos em casa decidiram emagrecer: minha irmã, com seus deslizes de final-de-semana, minha mãe, com seu drama diário do insistente “to passando fome” e meu pai – que ódio - que emagreceu mais de 7 Kg sem ao menos contar um pontinho, só na caminhada.
O mais irritante é a minha mãe, a chamada “Drama Queen”, que a cada 5 segundos me pergunta: “Quantos pontos tem uma maçã? E uma bolacha? E salsicha - não comam isso se quiserem emagrecer – quanto tem? Se eu fizer cocô, desconta quantos pontos?
Bom, a primeira fase acaba no final de outubro, e minha meta é de eliminar 10 Kg. Acompanhem minha jornada e os fatos hilários que tenho vivido desde que comecei nesse programa.

Um ótimo final de semana para todos!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Cansei de chapinha

Sou uma mulher até que vaidosa: gosto de me arrumar – quando a ocasião pede – me maquiar, cuidar dos cabelos... Mas, acima de qualquer coisa, sou prática. Não abro mão das minhas horas de sono, ainda mais se for para ter que me empetecar para o trabalho. Para começar, sempre trabalhei com logística: caminhões, armazéns, homens, etc... Tenho que usar sapato de segurança, protetor auricular e óculos de segurança. Agora me digam: “onde é que cabe uma saia nessa produção?” Também não sou relaxada ao ponde de ser confundida com um homem – já me basta o fato de ser alta e calçar 40... Gosto de usar uns brincos, anéis, passar um perfumezinho, um batonzinho...
Enfim, só me arrumo quando é para sair, saltos só na balada, etc... e é aí que entra a bendita chapinha. Tô pra ver um instrumento mais chato que esse. Cortei meu cabelo mais curto para fazer a escova sozinha – nem morta pagar R$ 25,00 para ter os cabelos lisos por dois dias – mas não consigo!!! Fica parecendo uma manga chupada, metade enrolado, metade liso. Fica mais feio do que se não tivesse feito nada.
Foi aí que declarei guerra à chapinha. Mesmo porque fica tão artificial quanto o cabelo do Lenny Kravitz – agora ele também se rebelou – ainda bem, porque ficou horrendo.
Enfim, assumi meus cachinhos, agradando ou não.
É claro que existem dias em que acordam rebeldes (quase todos), mas nessas horas eu não discuto com ele, eu prendo e pronto.
Mulheres! Sejam livres! Assumam seus cachinhos! Assuma o Bombril – tá na moda. Se continuar uma merda, joga uma florzinha no meio da bagunça que vai parecer com a Vanessa da Mata!!! Quer sucesso maior que esse? E outra: pode chover que o visual continua uma caca, mas a mesma caca que saiu de casa.
Inté!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

CAMPANHA ANTI TELEMARKETING

Sei que devo respeitar todas as profissões, que nunca sei onde vou parar daqui a uma semana. Aliás, até tenho um curso para trabalhar nisso, mas não consigo esconder:
ODEIO ATENDENTES DE TELEMARKETING!!!!!
Tenho que admitir uma fraqueza minha – e de quase toda a população do planeta, eu acho: eu gasto mais do que ganho. Dia de pagamento é sempre a mesma coisa: suor frio, dor de barriga e a pior coisa: ver o mês inteiro de trabalho se esvair da conta em menos de uma hora. Mas não estou falando isso para vocês sentirem pena, longe de mim!!! Falo como uma confissão de culpa, com uma forma de me punir por ser uma completa imbecil por simplesmente NÃO PENSAR NAS EMERGÊNCIAS!!!
E foi assim que me descontrolei com a faculdade – quem também nunca fez isso? Quando nós nos bancamos sozinhos, sem patrocínio, a situação é bem diferente. Para terem uma idéia, tive que interromper faltando apenas um semestre para o curso acabar... Tudo isso pra não me afundar na merda. Fiquei devendo muuuuita grana.
Foi então que decidi que o ano de 2009 seria o ano da libertação, de me livrar de todas as minhas dívidas: iria aprender a me organizar de uma vez por todas, limpar meu nome , enfim!
E tracei a minha estratégia: primeiro mato os Poodles, um a um, e o Pitbull – a temida faculdade – ficaria por último, a mais dura batalha.
Entrei em contato no escritório de cobrança e me sentei para não ter que desabar direto no chão. Só que , como prova de que Deus estava vendo a minha boa intenção, recebi uma proposta para quitar a dívida à vista, com um desconto de 90%!!! Quase chorei no telefone, uma emoção inexplicável, mas isso até eu cair na real de que nem os 10% eu tinha...rsrs
Como a proposta era irresistível, eu recorri ao empréstimo consignado: corri feito uma louca por que tinha prazos curtíssimos para cumprir o combinado com a faculdade. As garotas do RH da empresa que trabalho foram uns anjos, me ajudaram pra caramba... Com o dinheiro na conta, comecei a negociação com a faculdade, vejam o diálogo na íntegra:
- Oi, bom dia! Gostaria de solicitar o boleto para pagamento à vista da minha dívida.
- Pois não senhora, preciso de... - e toda aquela burocracia que vocês já conhecem...
Agora, gravem bem a minha pergunta:
- VOCÊS TEM CERTEZA DE QUE ESSA É TODA A MINHA PENDÊNCIA, E QUE NÃO SOBROU NENHUM RESIDUOZINHO, NÉÉÉÉ???
E a anta responde:
- Sim senhora, pode ficar tranqüila.
Aquele “pode ficar tranqüila” significava o que além de que eu poderia ficar tranqüila?????
Então, eis que paguei tudo, dei pulos de alegria, comemorei e quase chorei quando consultei o SPC e o SERASA e aparece o saudoso: “Nada consta”. Nunca imaginei sentir um alívio tão grande!
Enquanto ainda curtia a minha liberdade, coisa de uns três meses depois do pagamento, uma doce atendente me liga:
- Bom dia senhora, é da ...
Minhas pernas fraquejaram, a resposta foi trêmula:
- BB...B..O...O-MM DDDD...I-AA.
- Tenho uma pendência em seu nome referente a faculdade... a senhora reconhece a dívida?
E foi nesse momento que o céu escureceu, o chão se abriu e eu fui possuída por uma raiva indescritível. Minha resposta saiu quase tão demoníaca quanto a menina do Exorcista:
- NÃÃÃÃÃÃOOOOOO RECONHEÇO MERRRRDA NENHUMMMMA - Como eu gostaria de poder reproduzir esse som para vocês sentirem o esquema.
Um breve silêncio pairou no ar. Acho que minha gosma verde cobriu a cara da menina, quase podia ver ela se limpando e pensando: “FODEU”.
- Mas senhora... é... que... consta er.... deixa ...eu ver... mais um contrato... em seu nome..errr
- O QUÊ??? – virando 360° no pescoço.
- Er.. deixa eu ver... Mas aqui ta zerado...hum...
- Olha aqui!! Vocês tratem de ver isso imediatamente, eu fiz um empréstimo – que ainda estou pagando- só para me ver livre de vocês!!! Agora você vem me dizer que tinha outro contrato???? Por que a idiota que me atendeu na negociação me disse que eu poderia ficar tranqüila?? A senhora acha que estou tranqüila agora??? HEIN?? – Parecia que vomitava as palavras na cara dela...
A garota – pobrezinha – estava perdendo a voz, e eu mal conseguia deixar ela falar.
- E VOCÊ TRATE DE VER ISSO AGORA!!! SE CONSTAR QUALQUER R$ 2.50 NESSA DROGA EU VOU PROCESSAR VOCÊS!! – pobre adora processar – EU VOU ATÉ O PROCON E AÍ VOCÊS VÃO VER O QUANTO ESTOU TRANQUILA.
Só consegui ouvir um tímido – “Sim senhora” quando atirei o telefone longe.
Minha mãe parou na porta da cozinha com os olhos arregalados e disse:
- VOCÊ ESTÁ ROXA.
Concordam com a minha fúria?
Sou caloteira assumida, devo, não nego, pago quando puder. Mas, quando sou injustiçada, sai debaixo.
Falo do meu ódio aos atendentes de telemarketing há tempos – quem lia o Universo sabe disso. É uma bandeira que nunca vou baixar.
Beijos a todos e NÃO ME LIGUEM SE EU ESTIVER MENSTRUADA.
Obs.: Sei que sou relapsa com esse blog. Mas um dia tomo jeito.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

mulher... é foda

Gente!! Na próxima encarnação quero nascer homem!!
É que no final de semana vou ver o meu amorzinho, matar saudade dele, tô super feliz, mas os preparativos são de matar!!
É depilação, trato no cabelo, unha, mandar as roupas para os devidos ajustes, caminhadas para dar uma "enxugada express" na pança - sim, eu acredito que caminhar uma semana vai me deixar com o tanquinho da Solange Frasão - afe!
Porque os homens são tão mais práticos? Se fizerem a barba já é muito - se não fizerem a barba ainda ficam com um ar de cafajeste que é irresistível.
E é tanto dinheiro que a gente gasta! Tô quase fazendo carnê pra parcelar o tratamento de beleza...rs Chega até a ser patético, não acham?
Bom, minha agenda nessa semana tá uma beleza (com o perdão do trocadilho)então serei breve! Tô numa correria tão grande que tive que acertar a sobrancelha no trabalho..rsrs
Um beijo a todos! Uma semana linda! - mais um trocadilho, que horror...rs

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Filosofando

Ajudando minha mãe a preparar o jantar, conversávamos sobre como certos inventos aparentemente idiotas mudaram nossa vida radicalmente. A conversa começou porque eu estava fazendo purê de batatas – quem me conhece sabe que o meu é inigualável, modéstia a parte- e falávamos sobre o espremedor de batatas. Minha mãe falou que antigamente o instrumento era nojento, que enferrujava todo e que o purê acabava ficando sardento e um prato cheio de tétano. Hoje em dia, meu purê fica pronto em 5 minutinhos...
Acho que a vida hoje é tão corrida por causa disso, tudo foi feito, não só para facilitar, só que mais para agilizar. É claro que , não só na culinária – foi um exemplo bobo de algo que despertou minha atenção – tudo na vida passa por transformações. As coisas são aperfeiçoadas e a gente tem que acompanhar esse ritmo. Só que não nos tocamos que somos os mesmos de antigamente, a mesma dona de casa que fazia purê enferrujado é a que faz o purê às pressas, falando ao telefone, pensando no trabalho do dia seguinte. É por isso que vivemos estressados, é por isso que infartamos cada vez mais novos, e é por isso nos matamos (literalmente, às vezes). Porque não fomos aperfeiçoados! Nosso projeto continua o mesmo, é claro com algumas formas mais arredondadas que outros, mas somos a mesma coisa de antes, com uma carga infinitamente maior para carregar!
Antes parecia que a vida andava em uma rotação mais lenta, que vivíamos mais... Hoje parece que cumprimos uma tabela, passamos nosso cartão quando acordamos, fazemos o que tem que ser feito e dormimos exaustos já esperando mais um dia...
Cabe a nós mesmos mudar isso, ou pelo menos amenizar. Temos que nos permitir viver pelo menos alguns minutinhos por dia como antigamente. Tente cozinhar sem usar o microondas, tente caminhar , e não correr... Tente conversar com os mais velhos , com calma e paciência. É um aprendizado para a vida toda, uma receita de vida feliz.
Um ótimo final de semana para todos!!

domingo, 19 de julho de 2009

BB....BOSTA!

É engraçado como esse povo inventa coisas... Hoje, na minha mais pura falta do que fazer, assistia a um reallity (tipo BBB) de Tosadores de Cachorros. Imaginem uma competição de tosadores, com uma casa onde eles ficam confinados, apresentadores, provas, e – acreditem – juízes. Engraçado é que, quando os tosadores são salvos, eles podem voltar para a “casinha”... Idéia de produtor que realmente está “fora da casinha”.
É tanta coisa que inventam, já vi competição de estilistas, cabeleleiros, chefs, decoradores, gostosas e geeks, futuras namoradas de roqueiros decadentes, escola de etiqueta para prostitutas, crianças, gays dando dicas de moda para heteros, etc. É como uma receita padrão de uma torta em que você só dá uma variada no recheio, só pra ver se cola.
Também existem as competições onde os limites do corpo são testados, físicos e psicológicos. É um prazer inconfessável quando alguém sofre uma fratura, pode ser uma lesãozinha qualquer... a gente delira!
Tem também, as competições dos famosos – já esquecidos – que se submetem a essas baboseiras: primeiro, tranca em uma casa, ou, se enjoar, numa fazenda. Isso pra garantir um último suspiro de fama, a extrema unção, a despedida rumo o raio que os parta (alguém se lembra da Feiticeira, Tiazinha, Mary Alexandre, Alexandre Frota, Mariana Kupfer, Núbia sei lá o que?...)
O pior é que tem uma puta audiência! É que nós gostamos de ver os outros se estrepando, sofrendo, chorando, fofocando, espancando, competindo, traindo... Mesmo que não passe de uma grande encenação. Gostamos de ver a cara de derrotados dos eliminados e de torcer para os que restaram. Gostamos de xingar os competidores – como se nos ouvissem - dar conselhos...
A televisão está tomada por esse formato de programas. Qualquer canal que você escolha, alguma coisa do gênero está prestes a começar. É só estourar a pipoca, se acomodar no sofá e preparar o estômago.

Beijos, boa semana a todos!!

terça-feira, 14 de julho de 2009

DODÓIZINHA

Estou gripada. Mais uma vez. Acho que nesse mês já é a terceira vez. Meu nariz, que já é avantajado, está parecendo uma Batata Doce, e daquelas bem roxas. Tá mais assado que bunda de criança com diarréia. Meu corpo dói, respirar dói, falar dói. Pensar dói! Hoje fui trabalhar parecendo um acampamento em movimento: Blusa de lã com gola alta, casado enorme, manta enorme... mal entrei no carro.
Mais difícil é ficar sem o marido – está trabalhando em Cuiabá – eu tinha com quem fazer um drama, reclamar das dores,e parecer muito pior do que eu realmente estava. Tudo só pra ver a carinha linda dele me olhando com ternura e dizer: “taaaaadinha”!! Tá certo, papai e mamãe são um mimo só, mas eles já são café com leite, não tem como não mimar! Tá difícil não ter em quem me encaixar à noite, não ter o sorriso dele na hora que chegava do trabalho... O cheiro... A voz... O carinho... e, mais do que tudo: As brigas! Nossa, nunca imaginei que fosse sentir saudade das brigas.
Tô escrevendo pra ver se me distraio um pouco, ver se ocupo a cabeça com outras coisas. Tenho ido ao Pilates (quando não estou doente), tenho caminhado, saio com meus pais para distrair... Saí com uma amiga. Mas uma hora é inevitável, e a gente se vê sozinho.
E as solteiras podem dizer: “Ah, já me acostumei a ficar sozinha”. Mas não é a mesma coisa. Quando eu era solteira, eu não tinha em quem pensar, de quem sentir falta. Agora, sei que meu marido está longe, que também sente minha falta, e não posso fazer nada – por enquanto – pra matar essa saudade. Tô achando que minha imunidade está baixa por causa disso, sabia? Será que tem alguma coisa a ver, será que é psicológico?
Vou pra cama... Tô cansada, e amanhã ainda é quarta-feira, ainda vai demorar muito pra chegar o final de semana. Pensando bem, o que vou fazer no final de semana? Deixa pra lá, vamos trabalhar que o tempo passa mais rápido.
Beijos a todos, e boa noite.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Estou de volta pro meu aconchego...

Pra quem era leitor do já deletado "Universo Joanístico", estou de volta... Algumas pessoas me questionaram porque relaxei daquela forma... Alguns - alguns mesmo - até pediram para eu voltar a postar... Mas voltei porque li o blog da Marília, que foi indicado pela minha irmã, e gostei de rir das bobeiras do dia a dia que ela conta. Às vezes eu achava que não tinha uma vida hilária, nunca fui rica para viajar para o exterior e contar mil histórias... Mas, o dia a dia que é a coisa mais engraçada do mundo. Um exemplo bem ilustrativo: Estou sentada na beirada da cama, minha cachorra (vou falar muito sobre ela) está roncando em cima do Bé (seu carneiro-amante de pelúcia). Estou vestindo um par de meias furadas no calcanhar, uma bermuda cinza, uma blusa de moleton do marido, e um casaco que me deixa parecida com um urso pardo selvagem. Estava com fome, abri um pacote de Miojo e comi assim, cru, tudo isso pq não tinha um salgadinho para petiscar. Coisas ridículas que fazemos sem querer, na correria , ou no tédio da vida cotidiana. E foi por isso que decidi voltar: muitas vezes, relia as postagem antigas, e ria de chorar... Ria pq eu via aquilo que estava escrevendo se materializando, e muitas pessoas imaginavam o mesmo... Bom, não sou uma exímia escritora, erro pra cacete no português, mas acho que me faço entender - me avisem se isso não for verdade... Tudo bem que não vai adiantar nada, vou continuar escrevendo do mesmo jeito. Se quiserem coerência e perfeição, vão ler o blog do Pasqualle.
Então é isso... Vamos falar de mim para os que não me conhecem.
Hum. Sou uma virginiana chata, teimosa e briguenta. Tenho 28 anos, estou acima - e como - do peso, e ultimamente tenho me preocupado com isso... Só me preocupo, mas não ajo. Sou casada, amo muito meu marido. Tenho uma cachorrinha meio maluca que me dá muito trabalho. Falando em trabalho, eu trabalho... Gosto do que faço. Gosto de cerveja, gosto de dançar, gosto de dar risada, gosto de jogar conversa fora. Mas tem uma coisa que eu gosto, um prazer culposo: BRIGAR. Adoro um bate boca, uma discussão...
Bom, com o tempo vou falando mais sobre mim... Perguntem, com discrição!
Boa sorte nessa nova jornada, e curtam o passeio.