O GRANDE ENCONTRO
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*Uma das primeiras fotinhas no meu novo lar no colo do papai
Eu sempre fui uma pessoa dependente de bichinhos de estimação: já tive cachorro, gato, passarinho, tartaruga, peixe... Talvez seja porque sempre tive o meu instinto materno aflorado. Não que eu cuidasse dos meus bichinhos como deveria quando criança, simplesmente porque era criança e criança não quer saber de responsabilidades. Mas, conforme fui crescendo e amadurecendo, tomei ciência de que é uma vidinha que depende de mim. Um bichinho que, se eu esquecer, vai morrer com certeza! Amo bichos, até queria ser veterinária - mas o destino me levou para outros rumos, apesar de ainda lidar com algumas espécies interessantes: anta, jumento, bicho-preguiça, macaco, cachorro, etc... NÃO PERDE O FOCO, HELOISA!
Voltando... Tudo começou com uma tartaruguinha. Assim que me casei, ganhei uma de presente de minha vizinha. Já tinha um peixe, o Silveirinha, que até que estava durando, tendo em vista que era um peixe. A tartaruguinha foi batizada Donatella, e era uma coisinha minúscula, filhotinha super frágil. Eu e o maridão levamos ao veterinário, tivemos uma aula sobre tartarugas, o que podíamos ou não podíamos fazer... Foi um trabalho árduo cuidar dela, visto que era muito novinha e não queria saber de comer. Apesar do nosso esforço, a bichinha não resistiu muito tempo. Para nossa surpresa, apesar do pouco tempo de convívio, a morte dela nos deixou abaladíssimos... Fiquei algumas noites sem dormir, chorei horrores , me sentindo culpada, etc.
Foi então que falei para meu marido:
-Mô, precisamos de um bichinho, senão vamos enlouquecer - e já emendando - mas esse tem que durar!
Ele, todo compreenssivo, concordou.
Aí começaram as buscas: adoção, compra... passamos dias na internet pesquisando... A adoção era um ato de amor, mas como quase todos não tem raça definida, a gente não sabia o tamanho que o bichinho ia ficar. Nossa casa era pequena, e correríamos o risco de arrumar um enorme problema. Foi então que decidimos comprar, mas qual a raça? Eu sou louca por Beagles, já que adoro o Snoopy, mas o maridão veio logo de cara:
- Não, tá doida? Beagles são muito arteiros! Bom mesmo é o Fox Paulistinha, já tive um que era um amor.
Pois bem, guardem bem essa frase para o caso de precisarem "culpar" alguém...rs
Começamos pela net, e ficamos de cara com o preço dos bichinhos: R$ 800,00 , R$ 900,00 e até R$ 1.000,00!! -1ª interrupção - cachorra clamando por atenção e curiosa pra saber porque seu pai gritou "Gol" - então começamos a buscar em pet shops por anúncios. Estava difícil, e os filhotinhos estavam muito caros!
Num certo dia, já desanimados, chegamos em um pet e fui direto ao quadro de anúncios. Até que vi - bem no cantinho - um papel amarelo: "Vendo fêmea de Fox Paulistinha com pedigree, 1 ano, R$ 400,00". Na hora anotei o telefone, é ela, tá na promoção!! Liguei para o cidadão e na mesma hora fomos até a casa dele pra conhecer a garotinha.
Chegando no lugar, vi mais de sete cachorros correndo no meio da terra, mas nenhum que lembrasse um Fox Paulistinha. O proprietário disse que ela ficava separada dos outros, porque sua alimentação era especial, já que ela era a única "de raça" - alguns minutos depois dela se tornar minha é que descobri que ela ficava isolada simplesmente porque era má influência. Era uma casa grande, tipo uma chácara, com galinhas, e outros bichos de chácara. Delicadamente ele me disse que estava se "desfazendo" da cachorrinha - que descobri se chamar Pitty - porque ela andava armando com outros cachorros pra brincar de cabo de guerra com suas galinhas, causando perdas significáveis ao seu "rebanho" (?). Assim, ele mandou sua filha soltá-la. E foi aí que nos apaixonamos: Uma coisa magrela de patas compridas e olhos arregalados disparou de dentro da casa como se estivesse desabando e voou - literalmente - na nossa direção. Não digo que ela é bonita, porque não é. Ela é adorável - 2ª interrupção: Pitty arranhando a porta do quarto, a fim de bagunça - . O cara, sacando que eu estava me apaixonando, disse:
- Pega ela no colo, veja como é ciumenta.
Assim o fiz, e ele ameaçou segurar no meu braço. A bichinha arreganhou os dentes - para o próprio dono - na intenção de me proteger!!
Eu e o marido só olhamos um para o outro e : "É nossa!" Ainda voltamos pra casa, e pegamos os cheques - sim, ele dividiu! - e arrumamos uma coleira, já que nem isso ela tinha.
Ao buscá-la, minha mãe e meu pai foram juntos. Minha mãe não escondeu sua decepção, achando que ela era uma bolinha de pelos, toda fofinha... quando viu aquela magrela saltitante só conseguiu achar graça...rs
E ela seguiu toda comportada no seu primeiro passeio de carro com sua nova família. Pronta pra nos mostrar do que era capaz.
Mas a história só está começando... Aguardem a próxima parte!
Beijos a todos!